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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

AMOR IMPOSSÍVEL

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O que torna os amores impossíveis mais atraentes é justamente a impossibilidade. Esta atrai. A dificuldade de não ter a pessoa que desejamos nos impulsiona, nos motiva. Funciona exatamente como o perigo. Muitos fazem isso para provar sua força, sua capacidade de conquista. Quanto mais difícil e distante, mais o amor parece ser grande, excepcional e único. E quem não quer viver algo grande, excepcional e único? Em um amor impossível cabem todos os sonhos, todas as perfeições e personagens, o mínimo detalhe é idealizado. Construímos uma imagem em nossa cabeça, que aquela pessoa é única, e é exatamente o que passamos a vida inteira procurando, mesmo que tudo pareça contra. Um amor impossível marca para sempre, mesmo se outros amores vêm e vão depois. Ele sempre deixa aquela sensação de vazio, de inacabado, mal resolvido. E tudo que é mal resolvido, preocupa, incomoda e atormenta. Pois, junto dele, vem a dúvida do 'e se' (e se eu tivesse tentado, tivesse feito diferente etc).
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É difícil conviver com uma ilusão. Pois a ilusão não tem resposta, ela não é sim nem não. Ela é meio termo e o meio termo atormenta as pessoas.
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Acontece de um amor aparentemente "impossível" se tornar possível e isso quase sempre rouba a magia do sentimento. Inconscientemente muitos sabem disso, o que leva as pessoas a preferirem viver um impossível que dá a satisfação que um possível só poderá abrir os olhos para a realidade. Porque uma vez que o amor torna-se possível, acaba a expectativa, acaba o sonho. E o homem foi feito para sonhar.
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Um amor impossível é forte, resiste ao tempo, ele pode marcar uma pessoa mais que toda uma vida vivida ao lado de outra. Portanto. liberte-se desta ilusão.
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Fernando Carrara,
Publicitário
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Um comentário:

Anônimo disse...

trecho final de um filme chamado Malena:
Muitas mulheres passaram em minha vida, e sempre, todas elas perguntavam se eu iria esquece-las. Eu, por companheirismo, dizia que náo.
Mas no fim eu soube, que a unica que nunca esqueci, foi a unica que nunca me perguntou.