Um sinal de afeto, um simples cumprimento ou a prova de que o clima a dois está esquentando, o beijo teve e tem diferentes significados conforme a cultura e o período histórico.
O que é certo é que ele está há muito tempo entre nós. Um dos registros mais antigos está nas paredes do templo de Khajuraho, na Índia, onde escritos de 1500 a.C. falam de pessoas se beijando. Segundo o livro A História Íntima do Beijo, de Julie Enfield, antropólogos afirmam que esse é um ato instintivo do ser humano e que ele pode derivar da alimentação infantil - as mães mastigavam os alimentos para dar de comer aos filhos, como fazem animais de outras espécies.
Outra teoria é a de que o beijo vem unicamente do prazer tátil. "A paixão pelo contado pode ter evoluído das primeiras experiências de reprodução sexuada praticada por organismos unicelulares", diz a autora. Ou seja, antes do beijo, já fazíamos sexo, e o prazer sexual acabou sendo cada vez mais atrelado a outras sensações e experiências, entre elas o beijo.
Há ainda pesquisadores que afirmam ser o beijo originário das mordidas que algumas espécies de macacos trocam em ritos pré-sexuais - os bonobos, geneticamente os animais mais próximos do homem, são populares por darem muitos beijos, sem distinção de sexo.
Já os antigos egípcios, por exemplo, preferiam esfregar os narizes (o hoje chamado beijo de esquimó). Portanto, antes da invenção do beijo na boca, provavelmente os casais apaixonados se mordiam ou trocavam leves narigadas.
Revista Aventuras na História
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